terça-feira, 25 de outubro de 2011

Agricultores conhecem cultivo de Oliveiras



Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, um grupo de 15 agricultores visitou a empresa Olivas do Sul, de propriedade de José Alberto Aued, que pesquisou e implantou 17 hectares de Oliveiras, localizado a cerca de 4 km de Cachoeira do Sul, na localidade de Alto dos Casemiros.

A visita foi para mostrar mais uma alternativa para a diversificação das propriedades, com uma cultura que pode trazer um bom retorno econômico por hectare.
Os agricultores conheceram as plantações, o viveiro e a agroindústria que processa o óleo, tudo com muita tecnologia e cuidados, mas de uma forma bem adaptada a agricultura familiar.


A Olivas do Sul iniciou o plantio de oliveiras em pleno Rio Grande do Sul, com o anceio de extrair e engarrafar um azeite de oliva extra-virgem de qualidade mundial, portanto foram plantados 12 hectares com as variedades Arbequina e Arbosana que deram os primeiros frutos com apenas três anos e meio, enquanto o normal são as frutíferas produzirem a partir do sétimo ou oitavo ano.

As variedades:
A Olivas do Sul Agroindústria possui 3 variedades de oliveiras plantadas:

- arbequina: de origem espanhola, é uma das variedades mais conhecidas, com frutos com grande percentual de extração de óleo e é originário de Arberca, na Catalunha, por isso o seu nome. É um azeite aromático, frutado e fresco, com agradáveis toques herbáceos. Equilibrado, doce e com boca trazendo leve picância, amêndoa verde, maçã, tomate e alcachofra.
- arbosana: é um azeite que revela um frutado médio, com notas de tomates maduros, picância média, também chá verde e camomila, com leve amargor ao final.
- koroneike: de origem grega, representando dois terços das olivas cultivadas naquele país. É frutado, com toques de maçã verde e grama, possui picância mais presente e um leve amargor. Herbáceo, frutado verde e nozes são remetidos à lembrança. Esta variedade ainda não está em fase de colheita e produção.

Para Aued a explicação de tamanha qualidade, segundo ele, está na localização das oliveiras, entre o paralelo 30º e 45º, em Cachoeira do Sul. “Esta é a faixa ideal”, pois a escolha do tipo de cultivar, preparo do solo, precipitação, clima, o ponto exato de maturação do fruto e a tecnologia para extração estão diretamente relacionados com o resultado do azeite final. Para trazer tamanha qualidade as mudas, Aued equilibrou o PH do solo, montou um laboratório de pesquisas e uma ampla estufa na qual as mudas se desenvolvem antes de irem ao solo.

Diferentemente da uva onde a colheita é efetivada no ponto de maturação ideal, a azeitona pode ser colhida em diferentes estágios de amadurecimento sinalizado pela cor do fruto: passa do verde ao violáceo até chegar ao roxo-escuro e ao negro. Durante a mudança de cor, o azeite vai se formando na polpa da azeitona. E o grau de maturação do fruto é um dos fatores determinantes no sabor do azeite. O empresário lembra que o ponto ideal de colhimento é a cor lilás, estágio que aponta a melhor qualidade do azeite a ser extraído, mas o ponto que mais azeite se tira da azeitona é quando a coloração negra toma conta do fruto, mas neste ponto a qualidade do óleo já não é a mesma. Também o sumo da azeitona pode adquirir aromas mais ou menos frutados, e pode ter maior ou menor picância e amargor dependendo da variedade e da época em que o fruto for colhido. Quanto mais tarde, mais amarelo para dourado fica a cor do azeite e mais doces os sabores. Quanto mais cedo for a colheita, o azeite nasce mais jovem e fresco, mais esverdeado na cor, frutado no nariz e amargo e picante na boca fica o azeite.

A Olivas do Sul apresenta o seguinte perfil:

- pomar formado há 5 anos e meio;
- 12 hectares cultivados e mais 5 em recém plantados;
- possui 350 oliveiras plantadas por hectare;
- a cada 7 kg de azeitonas produz 1 litro de azeite de oliva;
- produz atualmente 1,5 mil litros de azeite de oliva extra virgem;
- possui um processo mecanizado e de última geração na extração do azeite.

Candelária, por ter uma semelhança de solo, localização e clima de Cachoeira do Sul, pode ser um potencial produtivo da cultura, que dependendo do manejo, pode dar um retorno de até 15 mil reais por há por ano, a partir do décimo ano da planta, e se tornar uma oportunidade de renda por varia gereções.

Fonte de Apoio: http://www.olivasdosul.com.br/

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