quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

II Conferencia Nacional de Juventude


Durante os dias 09 a 12 de dezembro, em Brasília, aconteceu a II Conferencia Nacional de Juventude, promovida pela Secretaria Nacional da Juventude, órgão da Presidência da República, com o lema conquistar direitos e desenvolver o Brasil. O encontro, contou com a presença de diversas autoridades como a Secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo, o presidente do CONJUVE, Gabriel Medina e o presidente da Republica em Exercício, Marco Maia, evento que reuniu cerca de 2,5 mil jovens de todo o país e da América Latina.

O debate no evento girou em torno das seguintes temas:
Desenvolvimento integral que defende a luta pela consolidação de políticas educacionais e de cultura e também a implementação de um Plano Nacional que facilite o acesso dos jovens à comunicação, além da participação nas questões ligadas ao meio ambiente.

Direito ao território, que envolve, entre outras expectativas, a instituição de programas habitacionais para a juventude. Os que trabalham na agricultura familiar, camponesa, assalariada rural e integrantes dos povos e comunidades tradicionais querem, entre outros benefícios, acesso à terra e que o país faça a reforma agrária. Eles querem participar das decisões de governo nessas políticas.

Experimentação e à qualidade de vida, em que é pedida a não privatização e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com prioridade para atendimento à população de 15 a 29 anos de idade. A juventude aspira que os três níveis de governo priorizem sua inclusão em programas como o Bolsa Atleta, Segundo Tempo, Mais Educação e no Programa de Esporte e Lazer na Cidade, com sua participação na gestão de todos os projetos.

Direito à diversidade e a vida segura, que pede reinserção sócio afetiva dos jovens infratores em sistema sócio educativo e sistema prisional dentro da família e na sociedade. Essas ações precisam envolver, segundo a proposta o incentivo dos governos estaduais, para a criação de cotas para esses jovens nas empresas privadas e no poder público, com a extinção da exigência de documento de antecedentes criminais para seleções públicas. Eles querem participar das políticas de reinserção social e do tratamento para reabilitação de jovens dependentes químicos.

Direito à participação que pede a incorporação do máximo de movimentos e entidades ligadas à juventude, no Conselho Nacional de Juventude. Segundo a Conferência deveriam participar segmentos que atuem em no mínimo sete estados ou três regiões do país. O último ponto das conclusões se refere à criação de um sistema nacional de financiamento para a juventude, com a regulamentação do Estatuto da Juventude. O estatuto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e a votação no Senado está prevista para esta semana.

Com grande polemica foi debatido a descriminalização e a legalização do aborto, apontado como “um grave problema de saúde pública”. A questão teve acirrados debates no plenário. A liberdade religiosa também mereceu destaque. A juventude quer a criação de um Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, com o estabelecimento de debate entre o poder público e a sociedade civil para garantir a pluralidade das crenças e religiões.

“Vale destacar que a presença da juventude rural no evento foi de extrema importância pois pautou dois temas importantes que foram eleitos como prioridades: a Educação do campo diferenciada aos jovens rurais e de qualidade, bem como o reconhecimento dos cursos de Educação do Campo e Agro- ecologia, para que estes profissionais possam desenvolver suas profissões e a outra proposta de trabalho e renda, que cria um programa de fomento a iniciativas de jovens que desejam permanecer no meio rural desenvolvendo atividades de forma associativa ou cooperativada, respeitando o meio ambiente e recebendo apoio do governo”

A delegação do Rio Grande do Sul foi composta por 74 delegados eleitos na etapa Estadual e o município de Candelária esteve representado pelo jovem Dionatan Tavares.

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